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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Exemplo A Ser Seguido.


Modelo de gestão que adota o cooperativismo e o associativismo para resolver os problemas gerados com os resíduos domésticos.
Eu já havia citado em postagens anteriores a UTC (Unidade de Triagem e Compostagem) como forma de resolver o problema do "LIXO" não só em nossa cidade, como em toda a região.
Leiam a reportagem abaixo que vocês poderão entender sobre o que estou dizendo.


Associação de Catadores assume a limpeza das ruas em Tibagi




Emanoelle Wisnievski – Assessoria

Fots: Christian Camargo



A Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Tibagi (Acamarti) assumiu nesta segunda-feira (21) o serviço de limpeza pública das ruas da cidade. Trinta e duas mulheres foram integradas à Associação, que também coordena o Programa Recicla Tibagi, para a varrição das vias centrais e dos bairros. As agentes ambientais receberam do prefeito Sinval Silva (PMDB) os uniformes da Acamarti e ainda equipamentos de proteção individual e instrumentos de trabalho.
A reunião de trabalho no auditório da Secretaria Municipal de Educação marcou o início das atividades que serão distribuídas em duas equipes, nos turnos da manhã e tarde. O prefeito destacou a importância da Associação para o desenvolvimento sustentável do Município – um dos principais focos da sua Administração.
Uma das ações é a campanha Tibagi Mais Limpa, em que todos os cidadãos são chamados a contribuir com a limpeza pública. “A cidade mais limpa não é a que varre mais, mas a que suja menos. Primeiro trabalhamos com a educação, para que todos tenham consciência da importância de separar o lixo e não sujar a cidade. O segundo passo é a contratação da Acamarti para ampliar o serviço de limpeza, que agora vai atender também aos bairros e de domingo a domingo”, explica Sinval.
No encontro, a presidente da Acamarti, Marilene de Fátima Agostinho, destacou que os mais de 70 associados contam com inúmeros benefícios, desde direitos trabalhistas assegurados a convênios com o comércio e a valorização do trabalho dos catadores e agentes ambientais. “Uma das coisas mais importantes é a união do grupo. Companheirismo e respeito acima de tudo”, diz a presidente. “Vocês não são empregadas, são sócias”, definiu.
Rildo Leonardi, secretário municipal de Urbanismo e Obras Públicas, reforça que o entusiasmo dos associados aumenta o reconhecimento da classe. “É bonito ver os associados discutindo o futuro de seus trabalhos, com conhecimento sobre associativismo. Isto é uma revolução de conceitos”, descreve.

Coleta seletiva
Um dos diferenciais da contratação de mão de obra associativista na limpeza pública será o maior cuidado com o meio ambiente. Sinval conta que, além de varrer e coletar a sujeira das ruas, as mulheres vão separar o lixo encontrado para a reciclagem e compostagem. “Elas estão integradas ao Recicla Tibagi e por isso vão também enviar para o Centro de Triagem e Compostagem o resíduo encontrado na varrição. Essa é uma iniciativa inédita, pioneira. Que cidade separa o lixo da rua?”, desafia o prefeito.

Geração de trabalho e renda
Sinval realça ainda que na maioria das cidades, a coleta e destinação do lixo é privatizada e, em Tibagi, o recurso vai para os catadores organizados numa associação, gerando trabalho e renda na proposta de desenvolvimento sustentável.



Capacitação
As 32 mulheres integradas à Acamarti receberam qualificação na semana passada, com palestras que abordaram temas relativos à saúde, segurança, direito do trabalho e relações interpessoais. “São orientações necessárias para elas que estarão diariamente nas ruas, expostas a vários riscos, desde o trânsito até o contato com resíduos”, comenta Lisa Andréia Romão, assistente social da Secretaria Municipal da Criança e da Assistência Social.


Turnos
As mulheres associadas farão a varrição das ruas todos os dias da semana divididas em dois turnos. As escalas de trabalho serão das 6 às 10 horas e das  15 às 19 horas. A remuneração corresponde a meio salário mínimo regional e todas recolhem a contribuição ao INSS para terem seus direitos trabalhistas preservados.
Para Maria Madalena Carvalho, que já trabalhava na varrição das ruas em Tibagi e agora integra a Acamarti, o novo método é ideal. Aos 54 anos, ela cuida de dois netinhos e uma filha em casa e vê na escala de trabalho reduzida para meio expediente a oportunidade de passar mais tempo perto da família. “Gosto muito de trabalhar na limpeza, adoro. E achei bom esse esquema, porque posso voltar pra casa mais cedo”, argumenta.
Já Leonilda Aparecida Machado, de 37 anos, vai aproveitar o novo trabalho para levar mais renda ao lar. Dona-de-casa e mãe de quatro filhos, a nova associada conta que a família sobrevive com apenas um salário mínimo. “Vai ajudar bastante”, garante.
Josicleia Aparecida Santos, de 24 anos, tem agora seu primeiro emprego de verdade. A dona de casa já prestou serviços como babá e atendente de idosos, mas procurava estabilidade. “Vai ser bom, é uma renda a mais para minha casa”, diz, acrescentando que ela e dois filhos vivem com apenas a pensão alimentícia de R$ 200 e mais uma cesta básica que recebem da Prefeitura. “Posso continuar cuidando das crianças e ainda trabalhar fora”, espera.


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